Dois mundos, duas realidades, uma oportunidade ...

Publicado por: Secretário Geral

Escrito por, María del Rocío Sáenz Madrigal, ex-ministra da Saúde e ex-presidente do Fundo de Seguridade Social da Costa Rica - CCSS.

Nenhuma pessoa quer enfrentar, para si ou para um membro da família ou amigos, uma situação de vulnerabilidade máxima, como o câncer. Tanto pelo sofrimento que a mesma doença provoca no nível pessoal e familiar, quanto pelas conseqüências decorrentes de sua atenção.

O mundo da intimidade impactado

O doente, em poucos segundos, encontra-se numa encruzilhada na qual imagens do passado e o potencial rompimento com o futuro se misturam. Sua mente está cheia de imagens de entes queridos, conquistas, pendências e responsabilidades que terão que ser colocadas em outra ordem de prioridades. Imagens que podem aparecer como um filme, em que a desolação é o protagonista. Às vezes não são imagens, mas a sensação de um balde de água fria que corre ao longo de suas costas como gelo. O sentimento é tão profundo que o profissional de saúde não terminou de dar a notícia e, como a mente do paciente está em outro lugar, ela é ocupada pela dor, pelo sofrimento e pela solidão; a voz do profissional de saúde está em um plano distante e estranho.

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